Onde comer em Orlando (fora dos parques).
- Charles
- 15 de set. de 2024
- 7 min de leitura
Atualizado: 20 de out. de 2024

É claro que um dos primeiros posts deveria ser com o título: "Onde comer em Orlando". Porque se tem uma coisa que é boa nessa vida, é comer! Principalmente ao viajar, onde você pode conhecer um pouco da cultura de outro lugar pelos sabores que ela oferece.
Mas se, como eu, você mora em São Paulo, uma cidade que oferece uma variedade gigante de gastronomia, pode ser que se decepcione ao chegar em Orlando. Não quer que não tenha variedade, mas sim que talvez não seja nada muito diferente do que você já viu.
Mas existem exceções, claro! E a foto do post retrata uma delas: o querido Shake Shack!
Quando pensamos em comida dos EUA, pensamos em hamburger (ou junk food). E antes que você pense "Ah, mas isso como no Brasil!", dê uma chance ao Shake Shack.
A primeira vez que comi, foi em Nova York. Foi paixão à primeira mordida. E quando soube que tinha em Orlando, acabou virando parada obrigatória.

E (quase) sempre peço o Shack Burger (famoso X-salada). Não é um lanche gigante, mas é muito bem feito, saboroso e suculento, e que no final sacia a fome. Em São Paulo você até encontra algumas hamburguerias parecidas, como Bullguer ou o Cabana Burger (que, inclusive, se inspirou no Shake Shack). É parecido, mas não é igual. Shake Shack tem um lugar especial no coração (e não é só o colesterol kkkk).
A limonada, seja a tradicional ou a pink lemonade, cai super bem, ainda mais quando se está em Orlando com +32º. E aqui, eu e minha esposa, tivemos uma grata surpresa, que eu nem sabia: a limonada é refil! Eu achava essa condição era exclusiva dos refrigerantes. Mas depois de ter comido meu lanche, estava eu bebendo até a última gota da limonada para aliviar o calor, eis que a atendente que estava limpando as mesas vira para mim e pergunta "Would you like to refill your lemonade?". Instintivamente, neguei, porque pensei que ela iria cobrar outro (tipo quando o garçom pergunta: "outro chopp?"). E aí ela insiste: "Are you sure? It's free refill". Instintivamente, aceitei e então saímos mais felizes do que entramos. Então fica essa dica!
Em média, sai entre 13 a 15 dólares por pessoa, sem milkshake, este que que também vale a pena.
Hoje, em Orlando você encontra várias unidades do Shake Shack, a que eu fui fica no Florida Mall um dos principais shoppings de Orlando. E fui em outra que fica próxima ao Vineland Premium Outlet. Se procurar no Google, você encontra.
"Tá, mas é só hamburguer que tem para comer?" - Não! Claro que é o mais fácil de encontrar, e às vezes até mais barato. Mas, também, dá para comer bem, tipo comida de verdade. E isso eu aprendi na viagem de setembro 2022.
Nessa viagem o que mais comemos foi Whole Foods. Em resumo, é um mercado com foco no orgânico e saudável. Mas além de mercado também oferece um buffet por kilo que você mesmo monta, pesa e paga (self-checkout). E tem muita opção no buffet: arroz, feijão (no estilo mexicano), carne, frango, muita salada e legumes. Tudo muito organizado, e aparentemente, limpo (não te julgo se você não salada fora de casa, mas comemos e estamos vivos kkk).
E você consegue comer no próprio local, porque fornecem garfo, faca, colher e copo (tudo descartável). Se não me engano, 500g de comida saía por volta de 15 dólares.
Então, se você come menos vai, obviamente, pagar menos.

Sem falar que, como é um mercado, você tem muita opção de bebidas (pega na geladeira e paga junto com a comida no self-checkout). E até faz umas comprinhas. No nosso caso, aproveitamos e compramos aquelas papinhas de fruta que vem em saquinhos (tipo PicMe) para tomarmos nos parques.
Viu? Dá para comer saudável, sim! Mas se você achou caro, existem outras opções em conta. E darei duas dicas neste bloco: Chipotle e Panda Express.
Esses dois, são restaurantes de rede, então existem aos montes por Orlando.
Chipotle é, na verdade, um fast food de comida mexicana, com tacos, burritos e até bowls. O burrito é ótimo! Praticamente um tijolo (em tamanho e peso). O taco eu nunca comi, mas provavelmente deve ser bom. Mas a minha sugestão é o bowl.
Você monta uma tijela com uma base de proteína (carne de porco, frango ou carne de boi) as opções que vão te oferecendo: tem arroz, feijão (mexicano), salada, guacamole, pico de gallo (que é tipo um vinagrete), e outras coisas. No final vira uma refeição completa, que alimenta bem uma pessoa, mas até duas que comem pouco.
O bowl sai por volta de 9 a 12 dólares.

O Panda Express é parecido, mas troca a temática mexicana pela chinesa. A diferença é que aqui você precisa fazer escolhas. Basicamente escolhe quantas proteínas e quantos acompanhamentos quer. E cá entre nós, a opção de 2 entrees (principais) e 1 acompanhamento é o suficiente. O meu favorito é o Orange Chicken (frango empanado com molho agridoce de laranja), acompanhado de Noodles (tipo de yakissoba) e Fried Rice (arroz frito).
Essa opção, chamada de Plate, sai entre 8 a 10 dólares.
Normalmente, os funcionários capricham na "marmita", então essa opção dá até para duas pessoas. Mas se estiverem com muita fome, pega o Bigger Plate.

Ok. Até aqui foi tudo meio low budget. Só pra mostrar que dá para comer bem e sem gastar muito. Mais barato que isso, só comendo comida congelada (que também não é tão ruim assim, só cuidado com o sódio).
Mas já tive a oportunidade de comer MUITO BEM e sem pensar no amanhã, duas vezes.
A primeira vez foi na primeira viagem de Orlando em outubro 2017, com meu irmão e minha cunhada. Fomos no The Boathouse, que fica na Disney Springs. Lembro que uma das coisas que achei mais legal eram os garçons saindo da cozinha gritando "Hot food!" - no melhor estilo da série The Bear, quando gritam "Behind!". Obviamente, porque estavam sempre carregando panelas e pratos quentes e qualquer acidente seria trágico (imagina se tropeça em alguma criança).
E então, vendo toda a movimentação do restaurante (que estava cheio, diga-se de passagem) ouço de novo - "Hot food!" - e chega o prato que pedimos: era tipo uma paellera, mas cheia com frutos do mar, batatas, milhos, tudo envolto me um molho brilhante e cheiroso!
E estava bom, viu! Queria ter tirado uma foto, mas era algo parecido com a foto a seguir.

Não lembro quanto era, porque quem pagou foi meu irmão e minha cunhada. Mas sei que não foi barato (obrigado irmão e cunhada!!). E foi um dia que marcou minha primeira viagem para Orlando.
Quando voltei, em 2022, procurei o mesmo prato no The Boathouse, mas não encontrei. Mas tinha outros planos: encontrar outros restaurantes bons.
Foi aí que explorando o Google Maps, encontramos dois potenciais restaurantes: KPOT Korean BBQ & Hot Pot e Crafty Crab.
Jogo rápido: KPOT não valeu a pena. Foi 21 dólares por pessoa, um rodízio de churrasco coreano com direito a hot pot. Parece promissor, né? Foi o que pensamos. Mas no final foi decepcionante no quesito sabor. O local era bem limpo, atendimento bom, buffet variado. Mas não tinha sabor. Quem já comeu comida coreana, sabe que sabor é o que não falta. Pois é, lá faltou.
Mas Crafty Crab foi uma história completamente diferente, e vou dedicar mais linhas para tentar explicar.
Confesso que estávamos receosos de comer lá, porque juntar frutos do mar com calor de +32º..."quais as chances disso dar ruim?" - foi o que pensamos. Por isso reservamos um dia do nosso roteiro para deixar vago, caso passemos mal. E decidimos encarar o tal caranguejo. Assim que passamos pela porta, a percepção já mudou. Não teria como dar ruim. O lugar era muito bem decorado e organizado. Fomos no almoço, fora do horário convencional (tipo 15:00), e mesmo assim nos atenderam super bem!

O carro chefe da casa são os Seafood Boils (cozidos de frutos do mar) que são frutos do mar temperados, misturados, cozidos e servidos em um saco plástico (culinário, é claro).
Decidimos por uma opção chamada Seafood platter, que vem snow crab (que são aqueles caranguejões, parecidos com king crab), camarão, lagostim, marisco, mexilhão, milho e batata (que mania de colocar batata e milho em tudo, né? Adoro! kkk).
Ou se você preferir, você escolhe qual fruto do mar você quer e compõe o seu prato, mas aí é outro esquema. Saca só, uma parte do cardápio deles:

Outra coisa que achei curioso foram as opções de temperos, onde incluíram uma opção que atende qualquer indeciso: The BOOM!!! (que mistura todos!). E essa foi a nossa opção com a picância leve, já que queríamos evitar ao máximo qualquer indigestão ou intoxicação. O temanho? fomos no Small. E adicionamos uma porção de frituras (batata e cebola empanada) como contingência, caso viesse pouco. Resultado:


Olha, foi uma das melhores refeições que fiz na minha vida. O tamanho Small foi perfeito para duas pessoas, e as frituras eram dispensáveis. Só o Seafood platter bastaria.
Foi caro? Foi. Mas valeu cada centavo! Voltaria? Com certeza! Recomendaria? SIM!!! Ao todo, com tips (gorjeta) saiu algo por volta de 80 dólares. E valeu cada cents.
Mas vai no seu orçamento, porque com o que se gasta nesse restaurante, dá para umas 5-6 refeições low budget.
Gente, é claro que Orlando tem muito mais a oferecer do que tem aqui neste post. Aqui são só dicas. de alguns (poucos) lugares para comer, e que eu sempre volto. No final, deixem sempre um espacinho para o mais divertido: explorar!
Escrevi y escrevi, e nem falei nada dos parques. Parece que estou enrolando, mas é porque tem muita coisa para falar. E para falar sobre o que comer nos parques precisa de um post inteiro só sobre isso. Então fica para próxima.
Então é isso, pessoal! Se gostou, deixa seu like aqui!
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