3 melhores coisas da D23 e outras 3 coisas não tão boas - uma opinião sincera

Nos dias 8, 9 e 10 de novembro de 2024 aconteceu a primeira edição da D23 no Brasil. E nesse post vou contar um pouco sobre a minha opinião, trazendo 3 coisas que mais gostei e outras 3 que não gostei. Além de falar sobre o que rolou no painel que participei.

A D23 Expo, é um evento da Disney originado em Anaheim, na Califórnia. É como se fosse uma Comic Con, mas 100% voltada para o universo Disney com novidades dos parques, estúdios de cinema, animações, séries e muito mais. E esse ano tivemos a primeira edição da D23 no Brasil, que aconteceu no Transamérica Expo, em São Paulo, e trouxe painéis, stands com ativações e muito lugar pra tirar foto.

O preço do ingresso foi de R$ 349 a R$ 399 para os dias individuais, ou R$ 999 para o Magic Pass que dá acesso aos três dias do evento. Para quem não é elegível à meia-entrada, é um preço salgado. Mas como não podia ficar de fora da primeira edição da D23, comprei no primeiro dia em que a venda foi liberada. Acabei indo apenas no sábado (9) mas com a expectativa lá no alto! Até porque, estamos falando de um evento oficial da Disney, que compete diretamente com a CCXP (Comic Con Experience), esta última, que já acontece há alguns anos e já atingiu uma maturidade boa a ponto de trazer trailers exclusivos, exibições antecipadas de filmes, ativações imersivas, etc. "A Disney não seria capaz de fazer menos que isso", pensei.

Pois bem, vamos para as 3 coisas que mais gostei do evento:

1. Pontualidade

A primeira coisa que me chamou a atenção foi uma característica da Disney que trouxeram para o evento: a pontualidade.

Chegamos relativamente cedo, por volta das 9:00, e às 9:45, mais ou menos já estávamos com a credencial esperando a abertura das portas. Às 10:00, pontualmente, as portas do evento foram abertas. O interessante é que faltando 3 minutos, uma banda começou a tocar uma música animada, o que lembrou muito o que fazem antes das aberturas dos parques. Essa mesma pontualidade foi vista no painel.

2. Presença de peso

O evento reuniu muita gente famosa e personalidades icônicas da internet. Não era difícil você encontrar algum influencer que você segue andando pelos stands, gravando conteúdo e tirando foto. Não sou de tietar, por isso não tirei foto com ninguém. Mas encontrei o @benludmer (ex-cast member e humorista, que grava conteúdo no Instagram), @1fabiogomes (humorista e apresentador, ex-omelete), @joao.jedi (apresentador do omelete). Muitas outras celebridades estiveram por lá, Tiago Abravanel, Dani Calabresa, Larissa Manoela. Teve até um pocket show do Di Ferrero e Pedro Sampaio.

Mas as presenças não se limitaram apenas ao nacional. Nos painéis de novidades, tivemos a presença do Josh D'Amaro, VP da Disney, chefão das frentes dos Parques e Resorts ao redor do mundo. E também tivemos a presença de Kevin Feige, chefão da Marvel Studios. Fora a presença de alguns atores: Anthony Mackie (ex-Falcão e atual Capitão América), David Harbour (fez o Hopper de Stranger Things), Charlie Cox (atual Demolidor), Vincent D'Onofrio (faz o Kingpin na série do Demolidor), L-Boy (faz o Marcus em The Bear), Liza Cólon-Zayas (faz a Tina em The Bear). Tiveram outros, mas esses são os que lembro de cabeça.

Toda essa presença ajuda a dar um peso maior para o evento e a justificar (um pouco) o preço do ingresso. Mas os únicos internationals que eu vi, de fato, foram os dois primeiros, Josh D'Amaro e Kevin Feige.

Ah, outro ponto ilustre do evento foram os encontros com os personagens igual é nos parques. Com possibilidade de tirar foto com o Mickey e amigos, e até a Elsa do Frozen. E não, não era um Cherno-Mickey. Eles estavam usando as roupas oficiais da Disney de qualidade notória.

3. Ambientação (de alguns) dos stands

Sim, detalhe para "alguns". Porque alguns dos stands estavam bem construídos, tematizados e em uma escala, de certa forma, imersiva. Alguns deles tinham ativações divertidas, que foi o caso do stand da série O Urso (The Bear), que simulava a cozinha do restaurante da série e você vestia um avental para se posicionar em uma das bancadas. O desafio era montar um quebra-cabeça de 4 peças reproduzindo um prato selecionado aleatoriamente, era uma competição com outras 23 pessoas, e quem fosse o mais rápido a montar o quebra-cabeça certo ganhava o avental. Como prêmio de consolação, na saída, todos acabam ganhando um pin do Urso.

Tiveram outros stands divertidos:

• como o do filme Capitão América - Admirável Mundo Novo, que era um mini-circuito com obstáculos.

• Do Toy Story, que era um jogo em equipe para encontrar peças.

• Do filme Moana 2, que também era um joguinho em equipe.

• Da série Mandalorian, que você podia encenar uma cena como andarilho em um dos planetas da série (com chroma key).

• Dos parques de Orlando, que tinha uma prévia do show de fogos Happily Ever After.

• National Geographic, que era uma projeção imersiva dentro de um domo.

• Da ESPN, que testava a pontaria no chute ao gol ou arremesso de basquete.

Além destes três pontos, o evento teve outras características positivas: estava bem climatizado, ambiente espaçoso, opções diversas de alimentação e muitos cosplay admiráveis. Mas também nem tudo foram flores no evento.

Então vamos para os outros 3 pontos que não gostei do evento:

1. Local do evento e estacionamento

Vou colocar estes dois pontos juntos, porque um está indiretamente ligado ao outro. O espaço Transamérica Expo até que funcionou bem para abrigar os stands disponíveis. Mas não acho que foi uma escolha feliz pensando no peso do evento, e o quão inconveniente foi o fato de não ter estacionamento disponível dentro do espaço. Isso mesmo, eles utilizaram o espaço de estacionamento para formar o caminho da fila para passar pelo raio-x e credenciamento.

Os únicos estacionamentos perto do evento eram terceiros, e ficaram lotados muito rápido. Nem vou apontar a facada de R$ 100, porque é meio padrão para eventos em São Paulo. Mas o fato destes estacionamentos ficarem a mais ou menos 1km da entrada já deixava receoso para o caso de uma chuva (que é muito comum nessa época do ano).

O espaço São Paulo Expo na Imigrantes seria um local muito mais apropriado para o evento. Com estacionamento no local. Espaço enorme que poderia alocar muito mais gente para os painéis. Inclusive, é na São Paulo Expo que acontece a CCXP.

2. Filas e Painéis

Sim, eu sei que filas são inevitáveis. De certa forma, até que fizeram bem a estrutura das filas para o evento, seguindo o mesmo padrão de labirinto que usam nos parques para fazer o público pensar que está perto da entrada, mas surpreende com uma curva de inesperada de última hora. Assim como comentei no ponto anterior, eles tiraram o estacionamento do local para usar para fila do credenciamento. Essa fila foi uma caminhada de quase 30 minutos só para chegar no raio-x. Mas até que funcionou bem, porque você anda sem parar, então não passa uma sensação de que você está "perdendo tempo". Mas o ponto é, e se chovesse? Teria sido uma caminhada de 30 minutos na chuva, porque essa parte estava totalmente descoberta.

As filas também eram presentes nos stands, mas de forma bem concentrada. Porque não eram muitos stands disponíveis para o tanto de gente no evento. Sem contar a fila da ÚNICA loja do evento, patrocinada pelo Mercado Livre. Essa fila foi um dos pontos mais negativos do evento, porque foi uma fila de 1 hora e meia para entrar na loja e mais meia hora para chegar no caixa e pagar. Sem contar que todos os exclusivos da D23 já esgotavam pela manhã.

Já os painéis, foi outro ponto decepcionante. Não pelo conteúdo, mas pelo sistema implementado. Era necessário reservar a presença no painel, agendamento que foi liberado há mais ou menos 3 semanas do evento e que esgotaram muito rápido! Principalmente o painel da Lucas Films + Marvel Studios, que era o meu objetivo. Sempre sonhei participar em um destes painéis e ver um trailer ou anúncio exclusivo. Mas não consegui, mesmo entrando na fila virtual com antecedência. Então acabei reservando o painel do Disney Experiences, que era sobre as novidades dos parques e cruzeiros ao redor do mundo. E então tentaria entrar no painel da Marvel, entrando na fila presencial.

Acontece que na sexta-feira a noite, depois do primeiro dia da D23, a Eventim (organizadora) publicou que o acesso aos painéis seriam possíveis apenas com agendamento e que não haveriam mais filas presenciais. E por isso reabriram o sistema de agendamento com novas vagas para reservar o painel. Acontece que, como eu já havia reservado o Disney Experiences, não poderia reservar outro painel, ou até mesmo trocar. Muito frustrante!

Mas tudo bem, porque no final do painel Disney Experiences, o Kevin Feige fez uma aparição no painel dos parques, o que fez valer a pena. E também não teve tanta novidade exclusiva no painel da Marvel. Até porque os trailers exibidos foram publicados no canal oficial no Youtube no mesmo instante.

3. Muitos stands com nada

Pois é. Quando disse que "o espaço Transamérica Expo até que comportou bem os stands disponíveis" não foi exatamente um elogio. Porque, na verdade, não haviam tantos stands assim como era esperado de um evento, onde o ingresso custou R$ 400.

Fora os stands com ativações que comentei nos pontos positivos, tinham MUITOS stands que eram apenas para tirar foto com uma estátua do personagem, ou pior, o personagem impresso num papelão (tipo os que tem no cinema, sabe?)

O stand do novo filme da Branca de Neve era assim, do Stitch também, Zootopia 2, Ganhar ou Perder, Elio. Todos tão simples que passavam batidos pelas pessoas. Por isso que os stands com ativações interativas, estavam com muitas filas que às vezes nem valia tanto a pena.

Enfim, o evento em si, para mim foi um nota 6 de 10. Talvez por ter sido o primeiro realizado no Brasil. Mas para os próximos, poderiam estimular mais parcerias para ter mais stands e conteúdo, assim como é a CCXP. Ou em um espaço maior para que tenham mais lugares nos painéis e mais pessoas possam ter a experiência.

BÔNUS - sobre o painel Disney Experiences

Achou que iria embora sem falar sobre o que rolou no painel Disney Experiences? Claro que, não! Esse painel estava rodeado por uma aura mítica do rumor de um suposto parque da Disney no Brasil. Foi um rumor que sempre existiu, mas que ressurgiu e ganhou força no início desse ano, e que com a primeira edição da D23 no Brasil só reforçou a possibilidade.

Mas não. Não houve nenhum anúncio de um parque no Brasil, ou nem mesmo um pavilhão brasileiro no World Showcase do EPCOT. Todos os anúncios foram em cima dos parques existentes, principalmente das atrações que estão por vir no Hollywood Studios, Animal Kingdom e Magic Kingdom. Mas nada que já não tenha sido anunciado antes:

• Nova área de vilões no Magic Kingdom

• Atração do Monstros SA no Hollywood Studios

• Área de Encanto no Animal Kingdom

E também, algumas novas atrações no Avengers Campus na Disneyland California, e novos navios da linha de cruzeiros.

Foi legal? Foi. Mas poderia ter sido melhor. Não acho que tenha valido os R$ 400 do ingresso, principalmente com um concorrente que está a lightyears a frente, a CCXP que acontece agora em Dezembro.

Então, é isso gente! Espero que tenham gostado do post de hoje, e se tiverem alguma dúvida, deixe nos comentários abaixo! Responderei com todo prazer! :)

Obrigado por terem lido até aqui!

E até o próximo post!

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